Inhotim: uma experiência

"Nada no mundo se compara a Inhotim". Era essa a frase que estampava meu guia de viagem, e foi com uma expectativa desse tamanho, uma graduação em Artes em curso e minha empolgação natural para o novo que eu fui visitar o Instituto Inhotim, que fica na cidade de Brumadinho, Minas Gerais. Ser em Minas já de cara é um diferencial, pois, minha gente, eu amo Minas.

Agora nesse mês de março de 2016 completou um ano dessa visita e  até hoje ela reverbera em mim. Em imagens, em cores, em sensações. `Porque Inhotim é pura sensação. É o prazer estético em alta potência. Se nada no mundo se compara a Inhotim? Bem, eu não tenho gabarito para confirmar tal afirmativa, pois, veja lá, não sou uma garota internacionalmente viajada, afora nos sonhos. Mas garanto que não decepciona. Nem um pouquinho. E saí de lá com um gosto de quero (muito) mais. Primeiro porque não dá mesmo para conferir e sentir o lugar todo em um único dia. Talvez nem em dois. Talvez nem em vários. E segundo porque não tem como não levar para casa, para si, algumas indagações e diálogos que o espaço propõe. Voltei pensando arte contemporânea de uma outra maneira . E isso me fez super bem. 

Você deve estar pensando: preciso entender de arte para curtir o espaço? Te digo não. Não precisa. É claro que se você estiver munido de algumas informações, se você já tiver algum conhecimento prévio sobre alguns artistas e/ou sobre arte contemporânea  e sobre o próprio conceito do espaço, você só terá a ganhar com isso. Quando digo que você não precisa entender de arte não estou dizendo que o conhecimento não é importante. Estou dizendo que a falta de referenciais não será um empecilho, em absoluto, para a diversão de seus sentidos. O lance é se permitir.

E tem muito espaço para isso. O Instituto Inhotim é o um grande centro de arte em céu aberto, todo cercado por lagos e jardins belíssimos. É uma mistura de centro de exposição de arte, parque e paisagismo. Seu conceito é brilhante. Algumas obras foram concebidas através de site-especific, no qual o artista cria no e para o Inhotim, em diálogo total com a curadoria do espaço.  

Ano  passado atingiu a marca de dois milhões de visitantes para conferir as obras e galerias de mais de oitenta artistas, de diversas nacionalidades. E é no Brasil! Em Minas! Quer mais motivos para sair  correndo e ir para lá?

Nem dá para enumerar as obras que mais me impactaram. Até porque tenho certeza que não vi todas. Mas posso dizer que foi um prazer enorme as galerias de Adriana Varejão, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, isso para ficar nos exemplos brasileiros. 

Mas vale citar "Lama Lâmina", espanto visual de Mathew Barney, como um bom exemplo do que é estar em Inhotim e da explosão de sensações que o espaço provoca.

As imagens são do dia de minha visita. Dentro das galerias, no geral, não é permitido fotografar. Então lembre de registrar tudo dentro de si. Para todas informações sobre localização, preços, como ir, onde ficar, vá direto no site do Instituto, que lá tem tudo. Vale muito consultar comunidades como o TripAdvisor e similares para pegar dicas de viajantes. Minha recomendação principal é: use o carrinho que te leva para as instalações mais distantes. Vale muito a pena. O Instituto é muito grande, se você tiver dois dias para usufruir o espaço, melhor ainda.

Instituto Inhotim
http://www.inhotim.org.br/
Rua B, 20 - Brumadinho/Minas Gerais
(31) 3571-9700