É EMBU, É DAS ARTES.

Eu não conhecia a cidade de Embu das Artes até ano passado. De lá para cá eu já fui três vezes. A primeira foi por indicação do meu pai, que também não tinha ido, mas achou que podia dar um caldo bom. E não é que deu? Fui com eles, pai e mãe, num mês de maio, bem o mês em que a cidade comemora a Festa de Santa Cruz, uma celebração bem tradicional que tem suas origens bem lá atrás, no período dos jesuítas. Nessa festa tem danças típicas, comes e bebes, muita moda de viola (acho lindo) e muita religiosidade. E o levantamento do mastro, onde cada um pode fazer o seu pedido (mas tem que ajudar a socar o mastro na terra, para valer!).
Festa de Santa Cruz. (arquivo pessoal)

E que mais que Embu das Artes tem além do nome que já sugere tudo? História. Mais precisamente o período em que os jesuítas estiveram por aqui "catequizando" os nossos índios guaranis. Ok, essa não é exatamente a parte da nossa História que a gente se orgulha de mostrar para os outros, Mas sempre bom se adentrar. E no caso estamos nos adentrando no Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, outrora local onde os padres viviam, e que inclui a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. O acervo tem muitas imagens de roca (aquelas imagens ocas por dentro, cobertas por tecidos e muitas delas com cabelo humano). Mas o grande destaque é
Festa de Santa Cruz (arquivo pessoal)
o "Senhor Morto", uma peça esculpida em uma única tora de madeira, em tamanho real. Na primeira vez que visitei o Museu essa peça ficava em uma das salas. Na visita mais recente estava na Capela do Rosário, onde um funcionário do museu me informou que era o local original.
Museu de Arte Sacra (arquivo pessoal)

Para não ficar só na famosa feirinha de artes, que existe há quarenta e seis anos, eu sugiro uma visita em pelo menos esses dois centros culturais: o Museu já citado em cima e o Centro Cultural Mestre Assis de Embu. Nesse último dá para entender melhor como foi que nasceu as Artes depois do nome Embu. Fica tudo pertinho um do outro.



Fachada (arquivo pessoal)
Agora o que realmente me fez gostar de Embu das Artes foi o colorido. As cores das lojinhas fofas, os artesanatos mil dispostos nas barraquinhas. Para os meus humildes bolsos é tudo um pouco caro, mas eu gosto de gastar com os olhos, e o artesão tem que valorizar o seu trabalho. Tem muvuca? Tem sim senhor! De domingo então, aguenta coração. E pés, e pernas. Mas um sorvetinho pode resolver, ou um gole de vinho artesanal nos dois alambiques mais próximos das barracas. Esses sim de preço camarada.
Fachada (arquivo pessoal)
Dentro para fora II (arquivo pessoal)

Dentro para fora I (arquivo pessoal)



















E para sair da muvuca de vez, um pulo no Parque do Lago Francisco Rizzo. Que tem o quê? Um lago! E verde, e céu. Tá bom né? Da até para ir a pé partindo do centro, mas é uma caminhada boa. Melhor pegar o bondinho turístico que sai da praça e passa por lá.
Parque do Lago (arquivo pessoal)

E a cereja para quem está em São Paulo ou Grande São Paulo é que a cidade de Embu das Artes é bem perto de nós. Sabe aqueles dias que a gente quer sair, mas não quer ir assim tão longe? Pois então, quando surgir esse querer, considere Embu das Artes. Ou considere sempre, se você já for habituè.






3 comentários:

  1. Embu vale apena conhecer e conhecer, e porquê não, comemorar o aniversário lá com muita cor e amor.

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  2. Deu (mais) vontade de conhecer. E tá linda a página, parabéns. (em tempo: esse comentário excluído com a cara do papi fui eu também, tava logado como ele...rsrs)

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